segunda-feira, 3 de maio de 2010

Quebra-galho


Ultimamente estou me dedicando bastante na criação de tratadores e bebedores para pássaros. É um ótimo meio para dar vazão as minhas fantasias artísticas. Atualmente estou complementando as cerâmicas com galhos de árvores, colocando sobre eles várias peças de cerâmica, como pássaros, cogumelos, ninhos de passarinhos, lagartas, caracóis, etc. Meu principal problema é que eu preciso encontrar galhos com um determinado desenho para que forme um conjunto harmônico com a cerâmica. Quando ando pelas ruas pareço um maluco examinando cada árvore cuidadosamente, montando mentalmente um banco de galhos para novas criações. O ligustro tem os melhores galhos, seguido pela goiabeira. Tem um ligustro na frente da minha casa que já me doou vários "órgãos". Só os galhos de baixo funcionam porque são mais retorcidos e mais finos. Após a coleta eles são cortados nos tamanhos apropriados e colocados para secar dentro do forno de cerâmica, aproveitando o calor residual da queima anterior. Sempre funciona muito bem para seca-los, salvo uma vez em que dei uma saidinha e quando retornei o ateliê estava tomado pela fumaça dos galhos que se transformaram em carvão.
As detestáveis tempestades que assolam nosso estado, principalmente na primavera e no outono, para mim não são mais tão indesejáveis. Muitas árvores sucumbem à fúria dos ventos e posso recolher os galhos sem grandes pesos na consciência e sem o risco de ser recolhido pela polícia ambiental.

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